mim

Te dengo, ego, e te faço partida
Ali, onde já não podes mais me ver
Espelhafado espatifo-te
Íntima curva, sorte de grão-vizir:
condenado à ilusão
Parte quando se aclara minha vista
Solta de mim
até mim não mais sofrer
mim não mais
anseia

E se do seio vier
e da sede crescerem cachos de flor
corações arregalados
de delicadeza
Avisto-me (ou "não me visto de mim")
nasço sorrindo de novo
e vaporizo sincera
em novo breu
deslizo eu em noturna reza
e me deito no colo de mim, de Deus-mulher.

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