Falemos dele, mas falemos pouco.
Para mim, falar de amor já é um grande reducionismo.
Tentamos objetivar o não objetivável e o fazemos num limitadíssimo mundo das palavras. Portanto, o que digo é apenas a ponta do iceberg, que se derrete aos poucos na medida em que penso e falo.
O amor é uma forma de bem querer: o bem querer ao próximo, que é um modo de bem querer próprio. Queremos bem àquele que nos faz bem, com vistas à satisfação de carências afetivas, necessidades nossas, coisas que não me cabem enumerar, nem caberiam aqui. São tantas, e tanto em cada uma delas...
E, quem sabe, tocado pelo meu bem querer, querendo bem a si próprio, ele me responda com igual intensidade?
É quando há reciprocidade que o amor triunfa! E é também ao se entregar a ele que os envolvidos passam a decifrá-lo, mas numa linguagem particular... e já não sabem se querem bem a si mesmos ou ao mundo, belo como só agora puderam notar... e descobrem que querer bem ao outro já não é mais querer bem a si... é não querer mal a nada. E tudo tão leve... É por isso que quem ama flutua.
Mas paro por aqui, já tendo me prolongado até demais, afinal, como disse neste post, quanto mais tento objetivá-lo, mais ele me escapa para as profundezas do desconhecido. Amo, mais nada.
5 comentários:
E tudo tão leve...
"ai ai" s2
Também acho pecado dizer mais.
E nem precisa mesmo.
:)
Pelo pouco que conheço de você, posso ouvir suas palavras, seu texto...doce, doce...
E o amor parece ser por aí mesmo. Não está sujeitos às nossas tentativas de objetivá-lo; não deve ser previsto, premeditado, ainda que nós consigamos predispor nossas sensações a ele...retirar as barreiras...atrai-lo.
Fiquei bem contente com seu comentário lá, camila! Eu estarei por aqui, ao menos prescrutando!
Beijos
Como é bom, em tempos de banalização do amor, encontrar textos como este. VocÊ se expressou de um jeito tão boonito, Budinha!
Parabéns pelo blog!
Que lindo, Budinha!
Pela data, acho que esse texto é uma continuação da conversa do dia anterior? Fico feliz que ela tenha terminado assim.. e, dessa vez, de uma forma tão graciosa. Faz bem pra quem lê!
Camila,
Não sei se chegou a ler no meu blog o meu post que diz: descobri que a felicidade é muda e que te usa como mímica.
Amar é isso, não é? Eu estou apaixonada... e feliz!
Beijo pra você e obrigada pela visita ao Caneca da Nina.
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