O som dos risos e do violão
Sonhava com o dia em que nos encontraríamos velhinhos, com algumas famílias, muitas histórias e um violão.
Seguiríamos caminhos diferentes, sim. Mas teríamos a certeza de um ombro amigo fosse no infortúnio ou nas grandes fortunas.
Imaginava bengalas ao vento, lágrimas a evaporar, dentaduras se transformando em dentes de leite...
Calavam as reclamações, as dores no joelho, a coluna prestes a desabar e, num abraço, éramos todos jovens outra vez.
Juntos, rolaríamos às gargalhadas naquela grama em frente ao banco do ventinho. Ralaríamos o cotovelo, mas nem haveria dor.
O sinal estridente da troca de aulas até tentaria nos tirar aquele momento. Tentaria, embora ninguém o escutasse mais.
Estávamos num sono sereno e profundo. Ao longe, apenas o som dos risos e do violão.
Um comentário:
Que bonito Camila, vou continuar lendo esse blog, gostei dos primeiros posts.
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