amizade



Borrifo de recordação com cheiro cítrico: lançamos cascas de bergamota do terraço do centro cultural e pedaços-de-cor-laranja se espalham livres e descontínuos pelo ar da cidade.

Lançamento cheio de vontade; pausa, palavras: "ihh, e se tiver alguém lá embaixo?". Rindo: "Chuva de mexerica!", risos cheirando laranja. Silêncio de quando ficamos sérios. Corremos até a beira cimentada, ninguém. Alívio.

Descemos até a biblioteca. Em vinil, prelúdios de Bach por João Carlos Martins. Coração alaranjado. Anoitece.

Um comentário:

Rodolfo Horoiwa disse...

uau! Que susto! me sustenido, agora estou! agradecido por sua sensível rabiscada na minha vaga memória desgavetada, rs... registro caroneiro.. viajei mexericoso nesse rabo de cometa! :D